Atenção para o seu 5º sinal vital: a dor

DOR é uma das grandes preocupações da humanidade desde o início da civilização. Sua definição foi revisada em 2020 como “uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada, ou semelhante, àquela associada, a uma lesão tecidual real ou potencial.” Segundo a Associação Internacional de Estudos da Dor (IASP), tal experiência é sempre subjetivapessoal, gerando sofrimento ao indivíduo. É ainda um sintoma fundamental, atuando como um mecanismo de defesa, alertando de que algo dentro do nosso corpo não vai bem!

Desde 1996, James Campbell da Sociedade Americana de Dor apontou para a necessidade da DOR ser reconhecida como o 5° sinal vital. Seu objetivo foi elevar a conscientização entre os profissionais de saúde sobre o tratamento da dor e promover, por consequência, melhores terapêuticas. Sendo assim, quando cuidadosamente avaliada e adequadamente tratada, as chances da dor se tornar crônica reduzem consideravelmente.

Buscar estratégias para livrar-se dela é praticamente instintivo entre nós. Evitamos movimentos que possam gerar uma piora da dor, repousamos, nos medicamos, seguimos orientações profissionais ou até mesmo de amigos, parentes e conhecidos que obtiveram uma “resolução” a partir de uma experiência pessoal.

Preocupante é quando concentramos nossos esforços em medidas somente para sanar o sintoma, a dor. A ausência da investigação, entendimento e tratamento sobre o problema de fato, isto é, a causa que gera ou gerou o sintoma e que o perpetua, pode resultar em agravo para nossas estruturas corporais ao longo do tempo e em terapêuticas não resolutivas e sustentáveis.

Identificar as causas das dores musculoesqueléticas, que são frequentemente multifatoriais, nem sempre é uma tarefa fácil para os profissionais da reabilitação física, nem tão pouco aos indivíduos que a vivenciam…

1. Os AMBIENTES que frequentemente convive

O ambiente de trabalho, doméstico, de lazer são confortáveis, oferecem segurança e boa ergonomia? Caso a resposta para essa pergunta seja não, grandes são as chances de você se lesionar de maneira silenciosa, lenta e progressiva. Neste cenário, a necessidade de mudanças e adaptações no ambiente é infelizmente e frequentemente percebida quando parte do problema já está instalado. Atente-se a isso!

2. Quais as EXIGÊNCIAS que seu corpo é submetido durante as TAREFAS realizadas nestes ambientes?

As tarefas realizadas por você nos ambientes que mais convive exigem do seu corpo a permanência em posturas ou movimentos que sobrecarregam uma ou mais estruturas? Sua condição física é compatível com as demandas de tais tarefas? Quando entendidas as exigências, quais são as estratégias que utiliza para diminuir as sobrecargas nestas estruturas?

3. Com qual qualidade se posiciona e se movimenta em seu dia-a-dia?

Nosso corpo entra em movimento ou postura toda vez que realizamos uma ação ou tarefa. A forma com que nos movimentamos em nossas ações cotidianas está intimamente relacionada ao risco de desenvolvermos lesões e dores. Por isso, investigar e identificar padrões de movimentos lesivos é de extrema importância, assim como a orientação de mudança para um padrão postural e do movimento mais fisiológico e saudável. Procure ajuda profissional especializada!

4. Qual seu CONHECIMENTO sobre seu próprio corpo e estruturas?

Você já parou para pensar sobre a educação que lhe foi transmitida desde a sua infância sobre o funcionamento e manutenção saudável de seu maior patrimônio, o seu CORPO.

Nosso corpo é um sistema complexo composto por diversos sistemas menores, cada qual com suas estruturas e funções específicas, que se interligam visando manter o equilíbrio estrutural e funcional. Cada estrutura possui uma forma (morfologia), intimamente ligada às funções que desempenha. No aparelho locomotor, temos o sistema esquelético. Nele podemos observar, por meio de exames de imagens, ossos com variações de formatos e ângulos mecânicos entre os indivíduos, trazendo o conceito de morfologias distintas.

A morfologia de cada pessoa pode trazer informações específicas, relevantes e complementares, dando significado para como um determinado corpo se movimenta e interage com seu ambiente, além de indicar regiões de vulnerabilidade para o surgimento de lesões e dores.

Temos várias coisas para investigar e nos atentar, não é mesmo? Aqui na CETRAD, além de você contar com a ajuda de uma profissional que está sempre atenta a estes aspectos, estimulamos em você a participação ativa no processo terapêutico e preventivo da saúde de seu corpo e a questões relacionadas ao seu 5º sinal.

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