Hábitos:

quando e por que modificá-los?

Em algum momento da sua vida, você pode ter ouvido: “você precisa mudar esse hábito, isso não te faz bem…” e pode até ser que essa frase tenha vindo de você mesmo.

Muitas pessoas, movidas pela vontade de tentar mudar um hábito que consideram ruim, fazem de tudo para encontrar estratégias que ajudem no processo de eliminação desse hábito, porém, a grande maioria fracassa durante algumas tentativas e acaba postergando ou desistindo da mudança.

Mas, por que e para que criamos hábitos?

Os hábitos vão surgindo desde a infância, com ideias, observações de pessoas próximas (como nossos parentes), sensações e percepções de situações vividas e presenciadas, ou seja, os hábitos nascem de acordo com os nossos paradigmas.

Paradigma corresponde a algo que vai servir de modelo ou exemplo a ser seguido em determinada situação. Desde o nosso contato com o mundo, temos paradigmas escolhidos ou impostos, que nos fazem agir ou reagir, construindo atos e gestos, que quando repetidos diversas vezes, se transformam em hábitos, que podem ser bons ou ruins para a nossa saúde.

TODO processo de criação de um hábito passa pelo nosso consciente. Quando desprendemos energia e atenção para executar algum gesto ou ação, e por qualquer motivo repetimos muitas vezes, eles ficam gravados no subconsciente e se tornam automatizados, assim como a ação de caminhar. Todas as ações automatizadas requerem menos energia vital para serem executadas, dessa forma pode-se liberar atenção e o espaço do consciente para novas atividades cognitivas ou físicas necessárias no dia a dia. É para essa economia que a automação existe e se transforma em hábito.

Podemos exemplificar essa automação através da seguinte situação: quando criança, você passou pelo processo de aprendizagem e aperfeiçoamento do gesto de levar a colher até a boca para comer. Essa ação precisou de atenção, persistência, força, coordenação motora, percepção sensorial do corpo em relação ao espaço e repetição. Através de todas essas ações e dedicação, hoje você leva a colher até a boca sem precisar da atenção consciente para executar esse gesto, ele se dá de forma automática.

O problema é que nossos paradigmas físicos, ou seja, nosso modelo de aprendizado físico, algumas vezes não estão alinhados com a nossa morfologia ou com as necessidades fisiológicas e funcionais para o movimento do corpo humano. Alguns modelos intelectuais e psico comportamentais armazenados no nosso subconsciente também exercem grande influência, positiva ou negativa. Quando um aprendizado se transforma em um hábito ruim, silenciosamente ele danifica o sistema locomotor e, a longo prazo, resulta em lesões e DOR.

Sensações marcantes, desafios, problemas de saúde, experiências motivadoras ou traumatizantes e anseios nos fazem deparar com a necessidade de criar ou mudar alguns hábitos, porém, muitas vezes eles estão “enraizados” e essa tarefa se torna bem difícil.

E agora, como fazer essa mudança?

Como quebrar alguns paradigmas e mudar hábitos que estão prejudicando sua qualidade de vida e sua saúde?

Segundo o autor Charles Duhigg, escritor do livro O PODER DO HÁBITO, alguns passos ajudam nesse processo. Resumidamente, são eles:

GATILHO – ROTINA – RECOMPENSA

Observe-se e busque reconhecer o “gatilho” do hábito que deseja mudar, ou seja, saber o motivo ou a “deixa” que o faz desencadear determinada ação é o primeiro passo.

Quando você reconhece o gatilho, tente modificar suas ações, porém, de forma que você continue recebendo a mesma recompensa. Dessa forma, os comportamentos podem ser transformados se o gatilho e a recompensa continuarem as mesmas, e essa seria a regra de ouro para, trocando a rotina, alterar o hábito.

Ouvir outras pessoas claramente é importante, e isso funciona como encorajamento e encaixa de forma empática para você, que conclui que aquilo é possível, porém, os fatores encorajadores para as mudanças da rotina e o caminho a ser percorrido são exclusivamente seus!

Os maus hábitos podem ser transformados em bons hábitos, resta fazer a escolha! Você precisará inicialmente trafegar mais na zona da consciência, investir energia nisso, para que, progressivamente, estes novos hábitos se automatizem em gestos e ações mais saudáveis ao seu corpo e mente!

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